Cultura como molde.

 Margareth Mead em sua obra "Sexo e Temperamento" traz para a cultura traduções peculiares, tais como cita: "(...) o homem construiu para si mesmo uma trama de cultura em cujo interior cada vida humana foi dignificada pela forma e pelo significado". A cultura, dessa forma, se reflete nas preposições "de e para", sendo do homem e para o homem. Ou seja, cada povo constrói essa tessitura de modo diferente, em que cada geração nova é moldada definitivamente às tendências dominantes.
Tal método pode inclinar para cada indivíduo um tipo de comportamento; sendo sexo e/ou idade irrelevantes.
A cultura por trás das relações humanas é a maneira como os papéis dos dois sexos são concebidos: caminho masculino especial para uma ênfase local que molda as mulheres às suas manias e caprichos. Ser homem ou ser mulher é determinado culturalmente.
Limitando-se ao conceito de que se há um sexo com caráter dominante, há um outro submisso.
Sobretudo, cada cultura tem sua ação definida conforme o temperamento, uma norma pela qual pode-se condenar e julgar os indivíduos que se desviam; o temperamento esperado do Arapesh é a tranquilidade, por exemplo.
Isso significa que a cultura não tem conteúdo único/universal, como cita a autora: "Somos forçados a concluir que a natureza humana é quase incrivelmente maleável, respondendo acurada e diferentemente a condições culturais contrastantes".
A cultura, então seria o molde, caso mude o molde, muda o comportamento. Dessa forma, as mudanças culturais se dá na variação desse elemento. A cultura "É comparável a uma casa cuja decoração não foi composta por um gosto preciso e definido, por uma ênfase exclusiva na dignidade ou conforto, na pretensão ou beleza, mas onde foi incluído um pouco de cada efeito".
Contudo, para Margareth Mead as culturas são lentes e para entender a cultura do outro é necessário a vivência dentro do grupo, deixando de ver por meio da lente do observador.

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